quarta-feira, 19 de junho de 2013

AVANTE, NAÇÃO FELICIANA!

Acabei de visitar o website oficial do Pr. Marco Feliciano e, passado o estarrecimento inicial, admito que minha língua viperina PRECISA entrar em ação. Na biografia do dito “representante do povo” são narrados lances dramáticos (ainda infante o pobre moçoilo foi vendedor de picolé e ganhou uma caixa de engraxate no sétimo aniversário – que dó!). No futuro, quando transformarem essa história em roteiro cinematográfico ou minissérie da Rede Record , sugiro que optem por cenários de papelão e dublagens atrasadas para melhor inserção no universo folhetinesco mexicano. Melhor do que isso só os atributos dados a Feliciano (“possuidor de caráter íntegro e reto”, “dono de uma inteligência admirável”, “líder nato, eloquente e ousado”, “caracterizado pela simpatia pessoal e pela simplicidade de trato com os demais”). Por fim, um defensor incansável de profundas convicções humanísticas (U-A-U!). Confesso que, após uma exposição de tão grandioso perfil, serei obrigada a admitir minha pequenez e lamentar a falibilidade humana que me constitui. Talvez por ser a síntese de tamanha perfeição, o nobre deputado encare como patologia toda e qualquer orientação distinta(?) da sua. A “Cura Gay” é, sem dúvida, a mais evidente prova do afinco do grande líder na construção da sociedade ideal. O projeto eugenista ariano cede espaço à ‘Nação Feliciana’. Uma nova ordem nacional (quiçá mundial) que oferecerá tratamento e cura aos homossexuais e às mulheres a chance de resgatar a sua digna condição de serva do marido. Antes que seja aprovada a “Cura Nordestina”, proponho uma imediata higienização inaugurada pela catalogação de toda a população dos nove estados por orientação religiosa, opção sexual e cor da pele. Assim, será facilitada a missão do virtuosíssimo Presidente da Comissão dos Direitos Humanos no processo de adequação, anulação ou extermínio dos 'doentes' e infiéis. Urge também que seja adotada uma saudação digna da magnitude do nosso mestre... Digamos, pois, em uníssono: - Heil Hitler! (ops!) - SALVE, PASTOR! (Ana Paula, 19/06)

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