Li a trilogia de E. L. James e, embora, em termos gerais, o considere uma versão "hot" dos romances da Nova Cultural (Bianca, Sabrina e afins), devo confessar que Christian Grey me conquistou. Despido da aura de perfeição dos tradicionais heróis românticos, o protagonista é a personificação do Macho Alfa (sedutor, poderoso e- pasmem!- atormentado). Alguns têm espasmos quando leem porque consideram a obra uma afronta às conquistas femininas. Qual o quê! Essa discussão sociológica extraída de best sellers me cansa.... Tais livros não precisam de profundidade literária e sim de apelo mercadológico. Nesse aspecto, "50 tons de cinza", "50 tons mais escuros" e "50 tons de liberdade", cumprem muito bem o seu papel. Sim, o "mocinho" é um dominador, sádico e controlador. Em contrapartida, é lindo, tanto ouve "Kings of Leon" como música clássica, toca piano, sabe sempre que vinho escolher, oferece as primeiras edições de clássicos literários à amada e é apresentado como uma espécie de "divindade da alcova". Confesso: diante de tantos atributos, conviveria de bom grado com cada uma das "cinquenta sombras"...

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