sábado, 23 de fevereiro de 2013

Autoimagem




"E ela não passa de uma mulher... inconstante e borboleta"¹. Consegue ser única e diversa. Se decompõe, se refaz, se fortalece. Segue embriagada pelos sonhos mais impossíveis e as realidades mais frágeis e ilusórias. Finca os pés em terreno movediço e abraça a ideia de que lá seus desejos estão firmemente alicerçados. Tem saudade do passado, entretanto, ainda que o visite com constância, não mais deseja habitá-lo. Suporta o presente na ânsia incontida pelo futuro, na esperança do que está por vir. É aquela que insiste em acreditar. Sorri. Sente. Chora. Enfim, vive... Ela é Ana. Ela sou EU! 
(Ana Paula, 16/02/2013)

¹Clarice Lispector

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